Ansiedade: perfeccionismo e incertezas

Atualmente, se pode concordar que a vida contemporânea o convívio social é uma das fontes de estresse do nosso dia-a-dia, principalmente ao se considerar o contexto de pandemia presente desde o ano de 2020. Cobranças diversas, já pré-existentes, se intensificaram, demandando respostas rápidas, práticas e inovadoras.

 

Diante de tanta pressão, é esperado um comportamento impulsionado pela vontade de atingir altos desempenhos, construídos de modo próprio, ou associado à sociedade. O medo de lidar com a frustração induz a atitudes perfeccionistas, sempre almejando o melhor resultado para si e/ou para o outro.

 

Nesse contexto, a necessidade de lidar com incertezas – presentes diariamente na vida humana – contribui para a produção, de modo individual ou coletivo, de altos padrões socialmente construídos e anexados à vida, se tornando ambiente ideal para a ansiedade. É possível perceber isso como um movimento de retroalimentação, haja vista que este sentimento também pode estar como fator motivador para a fixação de altos padrões de desempenho.

 

É justamente nesta dinâmica que o organismo humano, através do sistema nervoso, busca solucionar problemas e acaba se acostumando às vias menos trabalhosas e, portanto, mais fáceis de serem executadas organicamente. Vale ressaltar que nomear mecanismos como “mais fáceis” não é o mesmo que dizer sobre a qualidade deles para a regulação emocional! Tais mecanismos são ciclos viciosos e, geralmente, prejudiciais.

 

Talvez, você já tenha associado este contexto às compulsões. Certo? Em uma sociedade constantemente pautada por cobranças, as chances de haver situações que fogem ao padrão esperado são aumentadas e, em consequência, o sentimento de ansiedade escoa por atividades exageradas e de alta frequência. Então, é perceptível que estes fatores realmente são correlatos. Mas este é assunto para uma outra postagem!

 

Pensando em possíveis soluções, formas para enfrentar essas circunstâncias de modo saudável, e em direção ao equilíbrio homeostático, seriam aquelas onde se tornasse viável trabalhar habilidades, ou recursos emocionais. O espaço proporcionado pelo acompanhamento terapêutico com profissionais da psicologia pode ser um bom aliado nessa tentativa.

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